Dear Autumn... how I wish you were here!

Estou farta deste calor desesparante!
As cores já nem são de verão. E no entanto o calor aperta e as escolas estão a ferver logo nas primeiras aulas do ano!!!

Sinto falta de sentir falta de um chá quente, aromatizado com limão, a ouvir as primeiras chuvas lá fora. O cheiro da terra, o céu sentido, as mantas perto do sofá, o bolo da avó a perfumar a cozinha...

Há coisas que deviam ser assim...

Isso e um fim-de-semana em Paris!!!

Precisa de mim que que preciso!

Ontem, quando vinha da escola, a andorinhar pelas estradas de Portugal, ouvi uma reportagem na rádio sobre as pessoas que precisam que precisem delas. Como tal, criam nas pessoas que ajudam, um grau de dependência que ultrapassa o altruísmo.
Aquilo fez-me pensar. De facto, às vezes fico triste porque não precisam de mim. Quando já sou dispensável. Quando afinal conseguem fazer sem a minha presença, sem a minha ajuda, sem mim!
Fiquei a pensar!

Sapatomania!

Porque será que as mulheres adoram sapatos? Talvez porque a indústria tentacular nos oprime ao ponto de acharmos que mais umas sabrinas nos vão fazer mais felizes, mias emancipadas, mais bonitas... Ou talvez porque precisamos mesmo das sabrinas... ou talvez ainda porque precisamos que alguém repare que estamos mesmo mais bonitas, mais felizes... blá, blá, blá!

Mas ter uma estante assim num closet perdido no nosso quarto e arrumadinho e tudo já ajuda.

É linda de blue jeans...Anita!

Hoje apetecem-me as cores suaves da infância. Quando lia desesperadamente os livros que requisitava na Biblioteca Itinerante da Gulbenkian. Uma vez por mês lá íamos com o cartão cor-de-rosa na mão suada de tanta excitação. A carrinha entrava no pequeno largo da minha aldeia e estacionava. Entrar não era fácil! Tínhamos de esperar a nossa vez!

E depois era um mundo! As paredes da carrinha estava forrada de livros até ao tecto! O cheiro era inconfundível! E escolher era tão difícil mas já sabíamos que só podíamos escolher os apropriados para a nossa idade...

Os livros da Anita devem ter sido os primeiros... adorava aquelas gravuras idealizadas de uma vida perfeita com os papéis sociais muito bem definidos... como as cores. E eu imitava aquelas histórias com o meu irmão.

Anita dona de casa
Anita mamã

Agora percebo que não há nenhum "Anito!"

Stop talking!

Ultimamente tenho sentido uma necessidade maluca de conversar, conversar, conversar...sobre tudo e todos, sobre o passado, presente e futuro...até hoje!
Hoje perguntei-me "why so much talking?! Can't I stop talking?!"
Estou exausta de tanta palavra, tanto som misturado com lágrimas e uma dor que chega a ser física.

Estou exausta de tanta palavra. Som pausa som pausa som pausa som pausa som...

STOP!

I want to be myself, just myself and not having to listen to all that useless old talk!

Cooking is an act of love... of course!

Desde miúda que adoro cozinhar, preparar refeições para quem mais amo.
Começou por ser para os meus queridos pais e irmãos. A minha mãe pedia-me que fizesse determinado prato mas eu, quase sempre, inventava outro. E como ficava deliciada com as caras de todos quando saboreavam os jantares semanais.

Hoje continua a ser o meu local favorito da casa. A minha cozinha! Adoro levantar-me cedo, tomar café e fazer a lista de compras, a ementa da semana ou simplesmente a to do list do dia!

Yes, I'm a list person!!!

Agora vou preparar a rentrée escolar! Vou preparar alguns pratos que podem ser facilmente congelados para assim poder gerir melhor o meu tempo com os meus filhotes e o meu marido. E comigo própria.
Porque cozinhar é mesmo um acto de amor. Gosto de pensar assim.

Desligar o complicómetro!

Eu sei que complico! E muito... desde sempre... parece que o meu cérebro foi moldado os enredos dos filmes e telenovelas eu devorei as a young girl. Tudo é rebuscado para mim. Grandes filmes que faço!
Mas a verdade é que quase sempre acabo por ir ao encontro da verdade. E isso dói muito.
Como eu gostava de ser apenas autora temporária de ficção. Nada mais.
Mas não. Tenho um especial dom para adivinhar a intriga, o enredo, o plot...
Depois disto tenho a mania da perfeição. Idealizo as coisas, as palavras, os momentos e fico na expectativa. Sou uma romântica no sentido de Almeida Garrett! Alimento sonhos e ideais que não existem... e desiludo-me frequentemente.
Acho que é uma maneira de me preservar da alietoriedade do mundo. Convenço-me que assim controlo as coisas, mesmo que saiba de antemão que as posso estar, desde logo, a estragar!
Being human is f... hard!
É difícil ser-se simples como Eugénio... nem ele próprio o era.

quando algo se parte cá dentro

Há dias que deviam passar por nós sem darmos por isso. Num ápice. Sem darmos conta.
Mas esses dias parecem eternos e longos nas suas horas lânguidas e persistentes.
E quando algo se parte cá dentro?
Quando de repente ouvimos um clic que nos alerta para tudo à nossa volta?
O que fazemos? Há alguma cola especial? Um produto infalível?
E mesmo que possamos colar não se irá notar depois?

I wish I knew the answer...

Good girls go to heaven... bad girls go everywhere

Será que para mudar é preciso ter coragem? E para não mudar? Tenho vindo a pensar nisto desde há muito. Todas as crónicas que aparecem nas revistas e jornais falam da capacidade humana de mudar. Aproveitar para crescer.
E quem não muda? Também não precisa de coragem? Ficar é enfrentar ou fugir da decisão?
Decidir é fugir da realidade?
Não sei... sinceramente.
Quem me dera que fosse tão simples como carregar numa tecla plástica com um som tosco e já está!
Mas não é.
E eu cá estou.

I had the time of my life....

Nunca pararam um segundo e perguntaram "E se?" Se tivesse ido por ali? Se tivesse escolhido aquele caminho? Se tivesse ficado naquele sitio? Certamente que sim... quanto mias não seja lá no fundo da alma, sem ninguém ver ou ouvir.

Pois eu ando assim: e se? Sei que não me adianta de nada. Que de nada vale pensar em coisas que nunca aconteceram ou que poderiam vir apenas a acontecer de acordo com a minha escolha... mesmo porque isso também me parece improvável. Mas dou por mim a imaginar-me noutra vida.

O que isto significa? Que estou a fazer o balanço desta vida que tenho. Sei também que não tenho esse poder de ajuizar ou valorizar mas apetece-me pensar naquilo que tenho vindo a fazer e se estou, realmente, no verdadeiro caminho.

Nostálgica? Claro que sim. Saudosista? Não. Vivi todos os momentos com a intensidade que queria para aqueles momentos. Não me arrependo de nada do que fiz ou disse... talvez algumas coisas, claro. A distância do tempo dão-nos uma clarividência única. Mas sei que não prejudiquei ninguém neste meu percurso e sempre dei razões de orgulhosa aos meus pais e irmãos, marido...talvez.

Hoje apetece-me pensar nisto e ver que realmente a Sandra Campos anda adormecida, ensonada, triste com ela própria. E é disso que me arrependo: não sou eu.
Eu sou aquela que se arrepia e chora e dança com esta musica!

Volta Sandra!
http://www.youtube.com/watch?v=WpmILPAcRQo&feature=related

Para que não se generalize...

Estamos todos chocados com as imagens repetidas varias vezes na televisão acerca das agressões àquela adolescente. De facto, o que se vê e ouve é de uma falta de humanidade e respeito só próprio de quem vive e experimenta per se essa mesma violência.

Mas, por favor, não generalizemos! Os adolescentes portugueses não são todos assim!
Hoje, quando cheguei à minha escola, deparei-me com as minhas alunas atarefadas com a pintura de um mural para a sua tasquinha do Dia Aberto que se realiza depois de amanhã. Sentadas no chão, pintavam letras de cores garridas em papel de cenário, orgulhosas e comprometidas com o seu percurso escolar.

Depois acompanharam-me nas compras necessárias para os comes e bebes... foram umas senhoras!

Generalizar é criar estereótipos e tal facto é deveras perigoso.

Obrigada, meninas!

Caminhar, caminhar...

Ontem decidi participar numa caminhada organizada pela Associação Cultural Nascentes do Lis. Foi um passeio pela natureza, com direito a explicações científicas, históricas e sociais. Boa disposição e sol para melhorar o meu astral!
Adorei. Tenho de fazer isto mais vezes e arejar a cabeça.

Até fiquei a saber que a Batalha de Campo de Ourique tem grande possibilidade de ter sido ali, nas Cortes, as portas de Leiria!

É sempre a aprender...

life is...

A vida nem sempre é o que desejaríamos. Hoje ou amanhã. Quando estamos felizes e nos sentimos amados, nunca pensamos na inversão dessa situação. Nunca nos passa pela cabeça que alguém nos deixe de amar ou ter paciência para nós ou deixemos de conseguir ver a alma do outro nos seus olhos... nunca.

Mas esse dia chega quando menos esperamos. Chega de mansinho e senta-se no nosso sofá, intimo connosco, como nos conhecesse desde sempre, sempre estivesse estado ali, à nossa espera.

E quando vai embora?
Ainda não sei.

Sei apenas que tenho de continuar a sorrir...

Dia da Mãe Trabalhadora

Hoje o dia da mãe coincidiu com o dia do trabalhador. Parece coincidência mas não é! Ser mãe é isso mesmo: trabalhar o ser humano. Pintar a alma que há-de ser. Desenhar na palma das mãos os valores que hão-se decidir o mundo, pequeno ou grande, mas o mundo!

Os meus pequenos ofereceram-me o mundo deles, feito com o talento e o amor que recebem de mim e me dão todos os dias.

Obrigada filhotes! Pelos desenhos magníficos e pelas borboletas que vão voar um dia. Como eu lhes ensinei.

A última rainha de Portugal

A Rainha D. Amélia, francesa e habituada ao exílio desde muito jovem, achava a corte portuguesa preguiçosa, coscuvilheira, inútil socialmente. Os jogos entre os nobres eram claramente estéreis e a rainha sempre estranhou a dívida eterna da família real face ao governo.
Portugal permanecia um país pobre, com grandes desigualdades e muitos pobres.

Este retrato do final do século XIX e início do século XX cristalizou-se. Portugal é um país diferente, mais desenvolvido mas as suas elites, as que ficam por cá, são herdeiros desses nobres inúteis.

E a mudança, pá?!

Arroz de frango para a crise

Todos tememos o que aí vem... o que a troika vai vaticinar... Sócrates ou Coelho?
Para já prefiro frango, ou melhor, arroz de frango para a crise.
Sempre fiz este prato quando tenho muita gente em casa e sem mesa para todos! E quero fazer muito e bom de pouco e comum. A minha receita melhorada do arroz de frango da minha creche! Viva a cozinheira Hermínia!

Ingredientes:
Frango cozido desfiado
arroz
água da cozedura
laranja
chouriço de carne
passas de uva
cebola, alho e azeite, tomilho, louro, açafrão.

Depois de bem esturgir a cebola com o alho e o azeite, junta-se o frango desfiado com a chouriça cortadinha. Tempera-se com tomilho, louro e uma pitada de sal (pouco!). Junta-se água da cozedura que baste para o arroz: 3 chávenas de caldo para 1,5 arroz. Deixa-se ferver. Junta-se o açafrão e as passas.
Coloca-se o arroz cru num pirex e o frango por cima. Vai ao forno 20 a 30 minutos ate secar e dourar.
Servir com uma boa salada verde bem temperada!

Bom, gostoso e muito apreciado.

Bom apetite.

What?

Obrigada Sofia por teres resumido na perfeição as nossas vidas...

O Estado Social - Crónica de uma morte anunciada

Todos os dias ouvimos a previsão da morte do Estado Social: segurança social, educação gratuita, reformas, assistência médica...

Cá estamos à espera da cronica de uma morte anunciada. E enquanto se espera há que voltar ao tempo as nossas avós: poupar, pensar no dia que há-de vir, viver com menos ou pelo menos com o suficiente.

"Isto é que vai uma crise para a gente!"

Viva Portugal!

25 de Abril de 2011

Amanhã festejamos 37 anos de liberdade. Estamos numa situação muito delicada e muito difícil mas muito longe das amarras da ditadura. Das mordaças do pensamento. Do filigranar das despedidas para a guerra herdada e sem sentido.

Amanhã festejamos a capacidade de pensar sem medo. Dançar sem medo. Ler sem medo. Ouvir música sem medo.

E para tal agradeço ao Zeca Afonso que ainda hoje me arrepia a alma com as letras imagens de um Portugal eterno.

Páscoa em família

Hoje é Domingo de Páscoa e estamos todos acordados cá por casa. Cheios de preguiça mas já fizemos um belo bolo de maçã (receita de família) e um pudim de pêssego muito saudável.

Mas hoje devemos ou não estar em família? Talvez pela primeira vez não vou estar com os meus pais e irmãos. Estão longe e não calhou. Talvez por isso sinto esta angústia incerta ou melancolia matinal?

Espero que os meus pequenos me façam lembrar da minha Páscoa, do cheiro das amêndoas e do folar. E da comida da mamã!!!

Like a candle in the wind...

Na próxima semana realizar-se-á o casamento real: real de realeza e real de verdadeiro.
William será rei do Reino Unido e Kate a rainha esperada por todos há muito tempo.

Esperemos que tenham aprendido com os erros do passado por terras de sua majestade.
Que este sorriso nunca se apague...

UP! Altamente!

Este filme reune algumas dos mais importantes momentos de uma vida!
A banda sonora é tão fabulosa quanto o sonho que comanda a vida daquele casal...
Invejo aquele desprendimento, a leveza das almas no sonho comum. Hoje atropelamo-nos com falat de tempo para nós fora do casal, fora de casa, fora de todos os papéis sociais que aolhemos nas nossas vidas.

Suspiro por uma caixa de correio como esta...

I Love Melissas!

Hoje comprei o meu terceiro par de melissas... para muitos são apenas sapatos de plastico sem graça. Mas um parzinho de melissas faz a diferença!

E ainda estou mais contente porque, como sempre, fico à espera que o preço desça para o que o FMI considere adequado, ou seja, de 89euros paguei 25!!!

Adoro-as... azul cobalto!

Desculpem mas hoje sinto-me assim... contente!

Viva La Vida!!!

Depois de um período de marasmo total e atrofiante, tomei uma decisão: a Sandra vai voltar! A lutadora, a mãe, a mulher, a professora, a cozinheira, a amante e, acima de tudo, a verdadeira!

às vezes acontece... deixamo-nos ir com o que de mal nos acontece e perdemos o brilho... Mas eu sou uma girafa que come estrelas...

Por isso, a partir de agora, o meu blogue fará parte de mim e da mina vida que decidi agarrar com unhas e dentes!

Life is too short to be wasted...